quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Inverno


A (re)ler, uns 20 e tal anos depois, "O Nome da Rosa." Para o que me havia de dar? Mas a chuva lá fora, e o frio, obrigam a isso. Naquela história também fazia frio, e nevava, e eu sempre senti um arrepio de prazer invernal ao imaginar como se estaria bem dentro da abadia, com lareiras acesas. Isto não tem nada a ver com o tema do livro? Claro que tem. As histórias que lemos, e das quais gostamos, aconchegam-nos. Temos todo o direito de escolher as sensações que elas nos provocam. A mim, neste caso, são sensações de conforto invernal – e gosto de achar que o Eco iria perceber isso, mesmo que mais ninguém perceba. No fundo, ele também quis escrever uma história de luz e calor no meio do frio e da escuridão das intempéries.


Nota:

O Jorge pronunciou-se. Nunca o vi, não o conheço a não ser do que escreve - e isto é imenso. Não sei o que a boa regra bloguística manda fazer nestas situações, e também não vou começar aqui a trocar galhardetes, embora tivesse muitos para lhe dar. Mas tenho todo o tempo do mundo para o fazer.

Obrigado, Jorge.