quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Vi os cabos, os mares...


O Fisterra galego visto da entrada da ria de Muros, a última para quem vem do sul, pelo caminho português. Era o finis terrae, o fim da terra conhecida, prolongamento natural do camino francés e de todos os caminhos de Santiago.
Mas, geodesicamente, o verdadeiro Finisterra é o da Roca (a rocha), aqui abaixo visto do seu irmão Espichel. É aqui, realmente, que acaba a Europa, num esporão empurrado mar adentro pela fantástica erupção de Sintra, a terra mais mágica deste canto europeu.
Gosto de cabos, são a terra a desafiar o desconhecido. Para lá deles só há dragões. Por isso os antigos os consagravam. Aqui neste rosto atlântico da Ibéria há-os fantásticos, a começar nesse Fisterra lá junto à Costa da Morte, na esquina de chegada, e a terminar no Sacrum, o mais sagrado de todos, cá em baixo, na esquina de partida. Hei-de voltar a eles em breve.