sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Janelas (in)discretas

S. Paulo
Os grandes edifícios das grandes cidades nunca dormem, como elas. E à noite, no prédio em frente, despertam em nós coisas inconfessáveis. O voyeur que há em cada um dá com ele à espera de entrever uma mulher a despir-se, um casal a fazer amor em cima da secretária, um empregado a roubar.
Mas altas horas, nas divisões desertas e abandonadas, quase podemos ouvir o silêncio lá dentro. Cada janela iluminada abre-se para um mundo à espera de ser de novo habitado. É o ruído de fundo da cidade que nos diz que a vida continua.

Quem sabe?

Ora aqui está um deputado que nos fazia falta. Quem sabe? Como diz o slogan de outro candidato, o palhaço Tiririca, "pior do que tá não fica."

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tá explicado

Acabei de ouvir Lula na televisão, discursando para uma audiência de directores e empregados de uma unidade qualquer a ser inaugurada, dizendo a seguinte frase: "...e as mulheres que trabalham, limpando chão, fazendo cama, dando banho prá molecada, levando cervejinha ao marido, que o filha da mãe não levanta a bunda nem para mudar o canal de televisão..." Só pode ter 80% do povão com ele.

Não é justo (Take 2)

São Paulo, 1 da tarde

Tirando a garoa que cai lá fora, não há grandes diferenças. Um coqueiro é um coqueiro, um prédio é um prédio. Só me apetece chorar.

Não é justo

Catussaba, Salvador da Bahia, 6 da manhã

Sopra uma brisa quente e suave, cheira a mar, a relva húmida, a areia, a tudo o que me dava jeito agora. Cheguei ontem às 9 da noite, tenho que ir já para o aeroporto. Marcarem-me este sítio só para dormir entre dois aviões é uma violência psicológica intolerável. Até logo.