segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Intermezzo

Quando surgiram os blogues, eu achei que eles permitiam materializar o narcisismo de cada um. E hoje, depois de muito meditar na questão, acho exactamente a mesma coisa.

Dantes as pessoas escreviam coisas e depois, para justificado alívio do resto da Humanidade, guardavam-nas na gaveta. Hoje, publicam-nas na Net. A grande questão é saber se isso é mau ou bom. Na dúvida, resolvi finalmente fazer o mesmo, dez anos depois da invenção do blogue. De qualquer forma, e tirando as nossas por vezes pouco subtis pressões junto de conhecidos e desconhecidos para que o façam, as pessoas são livres de não nos ler, e de nos ignorarem com a devida displicência.

Sempre fui atrasado no seguimento de modas – precisamente por o serem. Quando vejo muita gente interessada numa coisa, afasto-me: ou é moda, ou é acidente de viação. Nenhum deles é coisa boa - se o fosse, a moda não teria que mudar todos os anos. Só adiro a uma quando ela deixa de o ser, e foi o que fiz agora.Não sei quando vou aderir ao Twitter e ao Facebook. Para já, não sei nem como é que funcionam. Não vou dizer mal deles, porque também é moda fazê-lo. Vou apenas dizer que não sinto necessidade de os usar.

Quando decidir fazê-lo, aviso. Se alguém estiver interessado nisso, claro. É que esta coisa dos blogues leva-nos a pensar que algures há sempre alguém que quer saber do que fazemos ou pensamos. Sim, é mesmo consigo que estou a falar.

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