Para percorrermos o universo labiríntico de Fernando Pessoa, nada como um espaço labiríntico, obscurecido, espécie de percurso iniciático em cujas paredes negras se suspendem fragmentos iluminados de poemas numa ordem anárquica.
Alguns só podem ler-se ao espelho, a maioria surge como se fosse do nada, suspensos num espaço negro. E assim mergulhamos literalmente na heteronimia, na perplexidade, na pluralidade, na própria demanda pessoana.
Depois há écrãs tácteis onde folheamos os manuscritos. Há um pêndulo misterioso por detrás de painéis de S. Vicente translúcidos. E há uma mesa corrida sobre a qual se espalham as mais variada edições de Pessoa, manuseadas por crescidos, adolescentes e crianças das escolas.
Depois há écrãs tácteis onde folheamos os manuscritos. Há um pêndulo misterioso por detrás de painéis de S. Vicente translúcidos. E há uma mesa corrida sobre a qual se espalham as mais variada edições de Pessoa, manuseadas por crescidos, adolescentes e crianças das escolas.
Por cá tivemos o filme do Desassossego,do João Botelho.
ResponderEliminarNão achei nada mal, embora muito extenso (massacrante, por momentos) e com algumas cenas em que Bernardo Soares é tratado como se fora um romancista russo- umas cenas de "vida social" que não condiziam muito-, conforme diz um amigo.
Não achei mal os excessos que apelavam à "esquizofrenia" do actor/Bernardo Soares, porque me parece muito difícil uma abordagem deste género a qualquer heterónimo de Pessoa.
A ópera de Carrapatoso é que ainda não consegui entender a motivação do João Botelho para a pôr no filme mas, talvez seja por eu desconhecer o libretto.
O filme tem imagens de uma beleza enorme.
MH
Perder-me-ia de satisfação nessa exposição!!!
ResponderEliminarObrigada por partilhar.
MJM
Também lá estive duas vezes. Que delícia!
ResponderEliminar